Experiência única: Fórum da ONU, na Suíça

No dia 29 de novembro, eu estava entrando em um avião com destino a
Genebra, Suíça. Lá, haveria um fórum sobre Direitos Humanos na ONU, em
que minha mãe participaria. O evento trouxe gente dos quatro cantos do
mundo para debater sobre esse assunto, que é um tema sempre atual. O fórum durou do dia 2 a 4 de dezembro, com uma programação cheia
de palestras sobre temas importantes, como os direitos das crianças e dos
jovens.

Participamos de um almoço organizado pelo Pacto Global da ONU, que
reuniu os integrantes do grupo de trabalho de Empresas e Direitos
Humanos. O que foi muito interessante, pois conversamos com executivos
e executivas da Colômbia, França, Estados Unidos, Holanda, África do
Sul e tantos outros países. O mais legal é que todos tinham o mesmo
propósito: identificar como as empresas, os governos e a sociedade
civil devem atuar para proteger os diretos de grupos vulneráveis. Alguns exemplos de agressão aos Direitos Humanos são o
trabalho escravo, o trabalho infantil, a exploração sexual de crianças
e adolescentes, o tráfico de pessoas, o direito das comunidades
indígenas, o direito do trabalhador a se sindicalizar, etc. Ver todas essa pessoas juntas, tão engajadas e com o mesmo foco e
princípios, nos faz perceber que apesar de tudo que vemos pelo
mundo, ainda existem homens e mulheres preocupados em garantir os
direitos do próximo.

Veja mais informações em:

http://www.ohchr.org/EN/Issues/Business/Forum/Pages/2013ForumonBusinessandHumanRights.aspx

Texto e Fotos: Luísa Covolan

Luisa Covolan em uma experiência única.
Luisa Covolan em uma experiência única.
A sala principal de conferências da ONU. Foto: Luísa Covolan
A sala principal de conferências da ONU.
O prédio novo em um dia de sol. Foto: Luísa Covolan
O prédio em um dia de sol.
A passagem do novo ao antigo prédio nos permite uma linda visão do lado de fora. Foto: Luísa Covolan
A passagem do novo ao antigo prédio nos permite uma linda visão do lado de fora.
O fórum foi composto por vários eventos paralelos. Foto: Luísa Covoloan
O fórum foi composto por vários eventos paralelos.

Home Office emprestado e equipado: uma ajuda e tanto!

Como já foi mostrado aqui no blog, o grupo da Fogueira recebeu, há alguns meses, o youtuber Gustavo Horn. Ele nos achou ‘fofinhos’ e lindos, e ofereceu ajuda com o nosso projeto sobre o vídeo que estamos produzindo sobre os grêmios estudantis. Nós, é claro, aceitamos a gentileza e no dia 27 de novembro fomos ao seu escritório/casa/estúdio/lugar para relaxar, produzir e comer pizza. Ele abriu as portas do seu home office, onde mora com seu colega Pedro Paulo, que o auxilia na direção e roteiro dos vídeos.

O espaço é muito colorido e divertido, perfeito para aguçar mentes criativas! Leva um tempo para captar todos – ou quase todos – os detalhes presentes na enorme sala, que tem desde inúmeros equipamentos de filmagem e edição (computadores, câmeras, luzes, microfones) até fantasias usadas nas produções, livros e quadros feitos pela família de artistas do Gustavo.

Nesse cenário, passamos uma tarde muito produtiva e agradável. Gus Horn e Pedro nos deixaram muito à vontade para utilizar e brincar com os equipamentos, com o espaço e com o gatinho fotogênico e muito simpático deles. Fotografamos os desenhos para fazer stop motion e gravamos a narração do vídeo com equipamentos excelentes que, com certeza, vão deixar a nossa produção ainda mais bacana e de maior qualidade. Fica aqui o mega agradecimento da Fogueira ao Gustavo!

E você? Quer ver os registros dessa tarde? Confira as fotos!

Texto e foto: Juliana Matos

Grupo de alunos do projeto A Fogueira - foto para registrar a tarde que passaram no estúdio de Gustavo Horn. Foto: Juliana Matos
Grupo de alunos do projeto A Fogueira – foto para registrar a tarde que passaram no estúdio de Gustavo Horn.
O aluno Acácio gravou o texto do vídeo sobre grêmio estudantil durante a tarde que passaram no estúdio do Gustavo Horn. Foto: Juliana Matos
O aluno Acácio gravou o texto do vídeo sobre grêmio estudantil durante a tarde que passaram no estúdio do Gustavo Horn.
Gustavo Horn e Pedro Paulo dando uma super força para a gravação do stop motion do vídeo sobre grêmio estudantil. Foto: Juliana Matos
Gustavo Horn e Pedro Paulo dando uma super força para a gravação do stop motion do vídeo sobre grêmio estudantil.

 

Meus dias em Batuva

Se tem uma coisa que os moradores da comunidade remanescente de quilombo de Batuva gostam mais que café e inhame é receber bem seus hóspedes. Em minhas visitas à comunidade me senti melhor que em casa, a comida era farta, o tratamento familiar e a paisagem constituída por Mata Atlântica e as humildes casas, porém bem construídas, era o incentivo para caminhar o quanto fosse necessário.

É uma pena que uma comunidade tão bonita com habitantes tão agradáveis seja negligenciada pelo estado como é. Não digo que não existam programas do governo para tentar melhorar a vida da população, como as distribuições de terras para as comunidades, porém a burocracia e a má vontade, tanto de burocratas quanto de alguns membros do governo, dificultam o acesso das comunidades à informação sobre os programas e a execução dos mesmos, uma vez que as comunidades se inscrevem. Dentre as dificuldades que a comunidade de Batuva, e muitas outras pelo país (não só remanescentes de quilombos como as das outras modalidades de comunidades tradicionais) estão a comunicação com outras regiões, a falta de projetos de melhoria no saneamento básico e na distribuição de energia elétrica e a pouca infraestrutura em relação à saúde e à educação, tanto os postos de saúde quanto as escolas são muito distantes da comunidade e o transporte, que deve ajudar os moradores, se encontra frequentemente em manutenção em razão da má qualidade das estradas que levam à comunidade.

As restrições que são aplicadas sobre as atividades dos moradores da comunidade pelas leis que protegem reservas florestais (Batuva, que fica no município de Guaraqueçaba-PR, está dentro de uma área de proteção ambiental estadual e federal) e a rapidez com que a força policial atua para reprimir tais atividades (repressão muitas vezes injustificada, já que algumas atividades, como caça ou pesca, devem ser permitidas aos moradores de comunidades tradicionais) também dificultam a vida pacífica da comunidade.

Não só pelo dia da Consciência Negra, mas por alguns acontecimentos políticos do último ano em relação às distribuições de terras no Paraná e ao polêmico código florestal e por bom senso mesmo, por saber (se não sabia, sabe agora) que comunidades que além de serem hospitaleiras carregam uma bagagem cultural riquíssima são ameaçadas pela burocracia estatal, devemos começar a debater acerca do que podemos fazer para ajudar as centenas de comunidades remanescentes de quilombos que estão Brasil adentro.

Indico o link do site da UNE como dica de leitura: http://www.une.org.br/2013/11/20-de-novembro-celebrar-o-direito-a-memoria/

Texto e fotos: Felipe Sebastian Perez (1º ano do EM)

Moradores da comunidade quilombola Batuva, em Guaraqueçaba (PR). Foto: Felipe Sebastian Perez
Moradores da comunidade quilombola Batuva, em Guaraqueçaba (PR).
Residência de moradores da comunidade quilombola Batuva, em Guaraqueçaba (PR). Foto: Felipe Sebastian Perez
Residência de moradores da comunidade quilombola Batuva, em Guaraqueçaba (PR).

Entrevistas: desafios e virtudes de pertencer a um grêmio

Nos dias 12 e 14 de novembro, A Fogueira foi a dois colégios que possuem grêmios: o Colégio Medianeira e o Colégio Estadual do Paraná. O objetivo era gravar entrevistas com os presidentes de seus respectivos grêmios e discutir um pouco mais sobre o alcance e a liberdade de ação desses grupos, registrando os inúmeros desafios e virtudes de pertencer a um grêmio.

A escolha dos colégios foi criteriosa: optamos por um de ensino público e outro de ensino particular, para que ficassem registradas as diferenças e semelhanças entre eles. Então, contatamos os presidentes e agendamos as entrevistas; tudo com o máximo de organização e cuidado para que nada saísse errado.

Durante o bate-papo, eram feitas perguntas sobre os meios de atuação do grêmio, as eleições, as propostas feitas aos alunos e a relação com a direção dos colégios. Gravamos em vídeo as respostas e assim demos mais um passo em direção ao material que será apresentado no fim do semestre: o vídeo de educomunicação.

Quer saber mais sobre os grêmios? Ficou curioso sobre as respostas dos presidentes? Aguarde o lançamento do vídeo. Mas, por enquanto, fique com as fotos das entrevistas!

Texto e fotos por Juliana Matos (2º ano EM)

A Fogueira esteve no Colégio Estadual do Paraná, em um bate-papo sobre grêmio estudantil, movimento político, parceria alunos e escola etc. Foto: Juliana Matos
A Fogueira esteve no Colégio Estadual do Paraná, em um bate-papo sobre grêmio estudantil, movimento político, parceria alunos e escola etc.
Galera atenta a tudo que os alunos do Colégio Estadual do Paraná falavam sobre grêmio estudantil. Foto: Juliana Matos
Galera atenta a tudo que os alunos do Colégio Estadual do Paraná falavam sobre grêmio estudantil. 
Os alunos do projeto A Fogueira entrevistaram três integrantes do grêmio estudantil do Colégio Medianeira. Foto: Juliana Matos
Os alunos do projeto A Fogueira entrevistaram três integrantes do grêmio estudantil do Colégio Medianeira.

Arte, coisa mais inútil. Viver, ato vulgar.

Inspirado numa conversa que tivemos, no dia 12 de novembro, com algumas garotas do Colégio Medianeira, me veio esta ideia: escrever sobre arte. Óbvio, pois quanto mais e por mais tempo se come o mesmo pão-de-cada-dia e sente-se, ao ponto de até viver-se, seu mesmíssimo gosto, mais afina-se nosso paladar às excentricidades de um sabor pitoresco, como um índio entre lusos. Lembrando, nessa introdução, que certos pratos mastigam os dentes ao invés de por estes serem mastigados.

Não é apenas nisso em que a arte se assemelha ao cotidiano, mas também na sutileza de sua inutilidade quase imperceptível. Sobre isto, vos falarei ao fim. De vez em quando, ela tende a ser o oposto deste. Não é incomum entre os poetas o sentimento se aprisionamento ao verem as linhas – duras grades são estas!, alerto – em seus cadernos; Com os pintores, é um pouco pior: tem nada a não ser uma parede de concreto em qual tentam, sempre com a consciência de quão vã é a tentativa – também por isso vos aviso de quê a arte é inútil -, pincelar janelas de algum jeito; Os músicos pobres coitados, réus inafiançáveis, nada podem fazer além de tilintar suas canecas, pedir por liberdade – ou talvez para serem enclausurados de vez -, tentam serrar as janelas com arcos de violino, ou esmurrar o chão com seus tambores. Perdão por falar como se tentássemos escapar de algum horror perfeitamente saudável, não foi essa a intenção de toda a metáfora. Todo dia acordamos porque precisamos levantar, levantamos porque precisamos trabalhar, trabalhamos porque precisamos ganhar dinheiro, ganhamos dinheiro – ou tentamos ganhar, em alguns casos – porque precisamos comprar comida e comemos para sobreviver. Coisas que prestam tanto para algo, coisas tão simplesmente úteis! Beleza, coisa mais vã!

Em meados disso, sobreviver se torna automático e assim resta espaço para viver, coisa mais inútil. E quanto mais o fazemos, mais se abrem abismos sobre nossos pés, de quais nasce, finalmente, o oceano pai de tudo o que é profundo. Daí, vem a Beleza com seus pequenos caprichos retratados em tragédias como as de Shakespeare. Inunda, transborda por cada um, pelos olhares, pelo vasto verbo ser, pelo olhar de cada ser. “Navegar é preciso, viver não é preciso”. Mesmo sabendo que Pessoa aí se refere à precisão e não à necessidade, faz sentido dizer que viver não é nenhum de ambos. Por concreto e matemática alongamos nossa respiração, sobrevivemos cada vez até mais longe; Eis o objetivo de toda utilidade, por isso (perdão professores, sabem que gosto muito de vocês) insistem tanto em dizer que ciências exatas são absolutas, são tudo: não queremos mais tudo. Tanto faz para os números e para os astros se morremos, ou não, e somos inocentes se, comparada com a monótona eternidade deles, é tênue a nossa exuberante e breve – perdão pelo quase pleonasmo – existência. A palavra ‘finalidade’ vem de ‘fim’.

Quanto mais vivemos, mais nos incomodamos com essa implicância de tirar notas altas ou ganhar ou qualquer que seja a dita ‘obrigação’ da idade, coisa que, cá entre nós, ninguém liga muito quando se está apaixonado, por exemplo. Mas percebemos que essas dentre tantas coisas são fúteis, a arte não nega isso. “Quem ama, diz que tem mau hálito”. A arte ama a futilidade e a presenteia com diademas de papelão usados na infância como ‘fantasia’ de princesa de uma mulher – ou homem, sempre há essa opção – que agora se veste como pinguim. Mas precisamos disso, não é?

O cotidiano é um concreto por qual, às vezes, conseguem libertar-se – e libertar os olhos – trepadeiras e plantas pequenas, com o tempo que vai sintetizando a volúpia da novidade que é nossa rotina que não se torna comum, a sobrevivência da vida de circense, nosso pão-de-cada-dia, o Som Nosso De Cada Dia, nossa dramaturgia diária na linda realidade de uma casa velha cheia de esmero, com muros cobertos de hera, de vida, no centro da cidade, ou dos poemas – não os que dizem protestos ou críticas – pixados nos muros durante madrugadas, das coisas intrinsecamente belas e profundamente vulgares. Toda arte é arte ‘apesar de’, apesar do cimento, apesar do céu azul, apesar da chuva, apesar da lua e apesar do sol, apesar do cotidiano e apesar do diferente. Consente com ninguém além do Acaso.

Ao passo que os dias e as tempestades se esticam como a vida, olharei para isto que escrevo e lembrarei apenas com aquela nostalgia de si mesmo, que não concorda com nada do que dizia e ainda sim não se arrepende de tê-lo feito. Assim me desculpando, já posso finalmente repetir o que disse no início: toda arte é um vislumbre, um abraço tímido de quem quer beijar, mas sabe que não pode.

Estamos presos, já descobrimos tanto o Novo Mundo quanto o Novíssimo, neste planeta, não há último continente perdido. E isso é lindo, pois, cada vez mais, linhas cheias de versos são grades entre quais espiamos o Novissílimo e estamos trancados do lado de fora.

Texto por: Enzo Merolli, aluno do 9º ano

Primeiro dia de produção

Uma das propostas do projeto “A Fogueira” é, no fim desse semestre, fazer um vídeo que reunisse tudo aquilo que aprendemos ao longo dos encontros, desde enquadramento e posicionamento de câmera até técnicas de edição das imagens e do som. A partir dessa ideia, definimos o tema do vídeo: Grêmios Estudantis. Desde então, a tarefa de pesquisa e coleta de informações ficou por nossa conta. Tema definido e pesquisa feita, começamos a parte realmente prática da execução do vídeo. A primeira etapa foi definir o tipo de vídeo que seria feito (documentário, jornalístico), e optamos por fazer um vídeo curto, mais descontraído do que um documentário e explorando mais os recursos de animação do que um vídeo jornalístico. Assim, definimos o tempo de duração do vídeo e o dividimos em partes, para que pudéssemos organizar melhor o processo de montagem. Cada grupo ficou responsável por uma dessas partes. Meio caminho já foi andado para a “superprodução” da Fogueira!

Texto e fotos: Acácio Biu (2o ano do Ensino Médio)

Encontro para elaborar a estrutura narrativa do roteiro do vídeo sobre Grêmio Estudantil.
Encontro para elaborar a estrutura narrativa do roteiro do vídeo sobre Grêmio Estudantil.
O pessoal registrou as partes que farão o todo do roteiro do material audiovisual sobre Grêmio Estudantil.
O pessoal registrou as partes que farão o todo do roteiro do material audiovisual sobre Grêmio Estudantil.

 

Escola por Dentro

No dia 26 de outubro, aconteceu o evento Escola por Dentro, do Colégio Integral. Sempre ao final do ano, os trabalhos dos alunos de todas as turmas são expostos pelas salas e corredores da escola, para que pais, amigos e os próprios alunos possam ver e entender um pouco mais sobre o que é produzido ao decorrer do ano. Entrando nas salas, encontramos mesas todas coloridas, com maquetes, esculturas, pinturas, comidas onda as crianças, vestidas de acordo com os temas, apresentam seu conhecimento sobre os assuntos. Foi no meio desse evento tão importante para o colégio, que a turma d’A Fogueira inaugurou seu blog e apresentou-o para todos que se interessaram pelo projeto. Durante a feira, fizemos entrevistas com pais, alunos e professores sobre o que estavam achando desse trabalho e, para nossa alegria, percebemos que o retorno de todos está sendo muito positivo! Na sala que montamos para a exposição, penduramos fotos, deixamos o blog à disposição e colocamos um mural onde todos desenharam e deixaram sua marca na Fogueira. Cada vez mais vemos que toda a força que está sendo colocada nesse trabalho está sendo convertida em ótimos resultados. E no final, dará aquele sentimento de realização.

Texto: Luísa Covolan (1o ano do Ensino Médio)

A aluna Yeda Dittert entrevistou estudantes do 8o ano.
A aluna Yeda Dittert entrevistou estudantes do 8o ano.
Os visitantes soltaram a criatividade em um painel sugerido pelos alunos do projeto A Fogueira
Os visitantes soltaram a criatividade em um painel sugerido pelos alunos do projeto A Fogueira
A aluna Luísa Colovan apresentou a proposta do projeto aos visitantes.

A aluna Luísa Covolan apresentou a proposta do projeto aos visitantes.